Nubank x Itaú: Valuation, alavancagem e o que fundadores de empresas digitais precisam entender com esse embate

Existe uma guerra silenciosa acontecendo no mercado financeiro brasileiro. De um lado, o banco digital que encantou investidores globais com seu crescimento vertiginoso. Do outro, a instituição centenária que nunca saiu dos trilhos, e entrega resultado com previsibilidade.

Nubank e Itaú representam não apenas gerações distintas de empresas, mas estratégias financeiras completamente opostas. E entender esse embate vai muito além da curiosidade de mercado: é essencial para quem está liderando uma empresa digital em expansão.

O valuation como narrativa — e armadilha

O Nubank brilhou por um bom tempo como a estrela mais promissora do mercado financeiro. Seu valuation bilionário, conquistado antes mesmo de apresentar lucros consistentes, foi construído sobre uma base clara: crescimento, escalabilidade e storytelling financeiro bem amarrado.

O Itaú, por outro lado, nunca precisou contar uma grande história para o mercado. Seu valor está nos números: lucro sólido, geração de caixa robusta e dividendos consistentes.

A grande diferença está na percepção. Enquanto o Nubank apostava no que poderia ser, o Itaú entregava o que já era. Ambos têm seu valor. Mas quando olhamos para empresas digitais, a pergunta se impõe:

Você está construindo uma empresa com valor real ou apenas uma boa história?

Valuation alto sem sustentação financeira é como escalar uma montanha com cordas frouxas. A queda pode ser fatal.

A alavancagem que constrói ou destrói

O Nubank cresceu a passos largos com capital de risco. Isso permitiu captar milhões, contratar rápido e expandir a base de clientes. Mas essa escolha tem um preço: a obrigação de performar em um jogo de expectativas.

O Itaú joga outro jogo. Gera caixa, reinveste parte, distribui lucros e mantém seu crescimento de forma mais controlada. Não depende de novas rodadas. Depende da solidez da operação.

Na prática, founders precisam entender que alavancagem não é o problema. O problema é a falta de gestão sobre ela. Uma empresa pode sim usar dívida ou investimento externo para crescer. Mas precisa saber:

  • De onde vem o dinheiro
  • Para onde ele está indo
  • E, principalmente, quando e como ele vai voltar

O que define o sucesso nesse modelo não é o montante captado, e sim a consciência estratégica sobre o risco assumido.

Estrutura de capital: o que sustenta o crescimento silenciosamente

A estrutura de capital é o esqueleto invisível de uma empresa. É ela quem define se o crescimento será saudável ou se virá à custa de desequilíbrios que mais cedo ou mais tarde estouram no caixa.

O Itaú, com sua estrutura sólida e altamente regulada, entrega previsibilidade. O Nubank, mesmo com seu perfil inovador, tem aprendido a ajustar sua estrutura para sustentar o crescimento.

E quanto à sua empresa?

  • Sua estrutura é pensada ou apenas reativa?
  • Você sabe qual parte do capital está comprometida com dívida, qual pode ser reinvestida e qual precisa gerar liquidez?
  • Você entende o impacto disso na sua capacidade de decisão nos próximos 12 meses?

A maioria dos founders não sabe responder essas perguntas. E é exatamente aí que a falha começa.

O que esse embate revela, para além dos bancos

Comparar Itaú e Nubank é observar duas formas possíveis de crescer: com consistência ou com velocidade.

Nenhuma está errada.

Mas só sobrevive quem entende a lógica por trás da escolha.

Se você está construindo uma empresa digital, precisa pensar além do pitch. O mercado já não compra mais histórias bonitas sem sustentação. Crescer com desorganização pode até dar certo por um tempo, até que o capital acabe, o fôlego termine e a conta chegue.

A diferença entre escalar e quebrar está na estrutura.

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